Temos destacado aqui no AiNews Network as aplicações de Inteligência Artificial nos mais diferentes segmentos. Nas artes, postamos recentemente sobre os quadros pintados por Inteligência Artificial e agora vamos falar de música.
No final do ano passado a Sony causou frenesi no mercado, ao anunciar duas canções compostas por inteligência artificial, sendo uma no estilo Beatles (Mr. Shadow) e outra inspirada em compositores norte americanos (Daddy’s car).
Mas antes que você ouça as músicas, preciso destacar que a parte mais interessante deste artigo ainda não apareceu, então sugiro ler o artigo até o final. Vai valer a pena!
Não dá para negar que o lançamento destas canções criou um certo mal estar. Seriam os artistas substituídos por Inteligência Artificial? Seria uma máquina capaz de expressar sentimentos e emoções? Esta é uma longa discussão, que inclusive é o item 8 do post 14 mitos sobre o apocalipse dos robôs, mas hoje vamos explorar outro lado desta história.
A Sony também oferece uma ferramenta chamada Reflexive Looper. No sentido totalmente contrário das composições automatizadas, onde a Inteligência Artificial poderia substituir o compositor, esta ferramenta se mostra como uma grande aliada do músico, permitindo uma enorme expansão do conceito homem-banda. E embora pedais de loop não sejam uma novidade, o que esta ferramenta oferece não é nada convencional.
O Reflexive Looper é capaz de gravar passagens do artista tocando seus instrumentos e lançar mão destas passagens em tempo real, automaticamente. No momento em que o artista começa a tocar, o sistema entende a música, compreendendo os solos, as linhas de baixo, os acordes e a bateria. A partir daí, o sistema passa a preencher os momentos seguintes da execução com trechos tocados previamente, seja na apresentação corrente ou em apresentações prévias do artista. O resultado é que uma simples interpretação com guitarra e voz pode ganhar acompanhamentos de bateria, baixo e solos, por exemplo, de forma automática.
Confira algumas demonstrações:
Finalmente, recorremos a uma reflexão constante quando o assunto é Inteligência Artificial Benéfica: Podemos desenvolver Inteligência Artificial para substituir o ser humano ou para empoderá-lo. Que caminhos escolheremos?
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