AI já é capaz de se multiplicar

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Uma das observações mais notáveis ​​apresentadas na conferência Google I / O ’17 esta semana foi o comentário do CEO Sundar Pichai sobre sua equipe brincando que teriam alcançado  “A Origem da AI“, em analogia ao filme “A Origem” (clique aqui para assistir ao filme A Origem).

Mas ao invés de criar camadas de sonhos como no filme de Christopher Nolan, o projeto AutoML cria camadas de inteligência artificial (AI), de modo que estes sistemas de AI criam melhores sistemas de AI.

O AutoML foca em deep learning, uma técnica que envolve passar os dados através de camadas de redes neurais. Criar essas camadas é complicado, então a ideia do Google foi criar um AI que pudesse fazer isso por eles.

“Na nossa abordagem (que chamamos de ‘AutoML’), uma rede neural de controle pode propor um modelo ‘infantil’ de arquitetura, que pode então ser treinada e avaliada para realizar uma tarefa específica com qualidade”, explica a empresa no Blog do Google Research.” Esse feedback é então usado para informar o controlador de como melhorar suas propostas para a próxima rodada. Repetimos esse processo milhares de vezes – gerando novas arquiteturas, testando-as e dando feedback ao controlador para que ele possa aprender”.

Até agora, eles já utilizaram o AutoML para projetar redes relacionadas ao reconhecimento de imagem e de fala. Em reconhecimento de imagem, o desempenho do sistema foi equivalente ao dos especialistas do Google. No reconhecimento de fala, os superou, projetando arquiteturas melhores do que os seres humanos foram capazes de criar.

Uma AI que possa complementar os esforços humanos no desenvolvimento de melhores tecnologias de machine learning poderia democratizar este campo de estudo, uma vez que os relativamente poucos especialistas não seriam mais o gargalo. “Se tivermos êxito, pensamos que isso pode inspirar novos tipos de redes neurais, tornando possível que não-especialistas criem redes neurais adaptadas às suas necessidades específicas, permitindo que o machine learning tenha um impacto maior para todos”, de acordo com o blog do Google.

A AutoML tem potencial para impactar muitos dos outros softwares orientados a AI e machine learning que foram discutidos no Google I/O 2017. Isso pode levar a melhorias na tecnologia de reconhecimento de voz necessária para o Google Home controlado por voz, o software de reconhecimento facial que alimenta o novo recurso de compartilhamento automático do Google Fotos e a tecnologia de reconhecimento de imagem utilizada pelo Google Lens, que permite ao usuário apontar o Google Phone para um objeto (como uma flor), a fim de identificá-lo.

Na verdade, a AI tem potencial para afetar muito mais do que apenas nossas casas e telefones. Isto já está proporcionando avanços impressionantes em saúde, finanças, agricultura e tantos outros campos. Se pudermos usar uma tecnologia já notável para melhorar esta mesma tecnologia, cada avanço feito por seres humanos pode levar a avanços automatizados, que levam a melhores ferramentas para os seres humanos, e assim por diante. O potencial da AI nos faz lembrar então de outro filme de ficção científica: “Sem Limites” (Clique aqui para assistir ao filme Sem Limites no Netflix).

Traduzido de Google’s New AI Is Better at Creating AI Than the Company’s Engineers

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