AI é como eletricidade

Posted by

Kevin Kelly entende que o processo de “cognificação” das coisas está ocorrendo de forma análoga ao processo de eletrificação, que no passado proporcionou a segunda revolução industrial.

Kevin Kelly
By Christopher Michel – Kevin Kelly, Wired, CC BY 2.0

Sim, Kevin Kelly prefere o termo “cognificação” ao termo “inteligência artificial”. O termo inteligência às vezes se mostra forte demais para algumas máquinas que, embora cognitivas e eficientes, não são exatamente “inteligentes”. Além disto, a comparação entre a inteligência humana e a inteligência artificial na maioria das vezes desperta sentimentos negativos. Faz sentido, portanto, a aplicação do termo cognificação quando nos referimos a tornar máquinas mais “espertas”, ou usando o neologismo, construir “smart machines”.

Atualmente, alguns objetos já tem sido cognificados, como os telefones, automóveis e a TV. No futuro, segundo Kelly, todos os objetos que foram eletrificados serão cognificados. Da mesma forma que a humanidade construiu uma infraestrutura para garantir a ampla distribuição de energia, um esforço equivalente será empregado na cognificação das coisas.

Tomemos o automóvel como exemplo: a força de 250 cavalos é obtida simplesmente ao virar uma chave. Pressionando o pedal da “gasolina” ou da “eletricidade”, o carro atinge 100 quilômetros por hora, o que seria impensável na época em que precisávamos utilizar músculos animais para o transporte. O próximo passo será prover ao carro a potência de 250 mentes, de forma que o carro não só vá mais rápido, mas também tome decisões, nos leve aos nossos destinos e reduza o risco de acidentes fatais.

O que as pessoas pensarão no futuro? Quando tudo estiver cognificado? Talvez exista um sentimento nostálgico sobre os tempos antigos, na época em que as coisas eram mais simples. Mas também é possível que as pessoas pensem: “Como era possível viver sem a AI onipresente?”

Adaptado de:
Artificial Cognification: In the Future Everything Will Be Smart | Kevin Kelly
How AI Is Like Electricity—and Why That Matters

Deixe uma resposta